A cada 100 mil brasileiros, 100 são diagnosticados com doenças inflamatórias intestinas (DIIs), de acordo com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia. O mês de maio foi instituído o mês de conscientização destas doenças – que vêm aumentando em incidência - e a cor roxa simboliza a luta e a solidariedade em relação a essas condições de saúde.
O objetivo da campanha Maio Roxo é alertar as pessoas sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento correto para melhoria da qualidade de vida dos pacientes. Apesar de não terem cura, as DIIs podem ser tratadas e controladas, evitando desta forma complicações crônica e graves.
O Maio Roxo traz esperança aos pacientes que convivem com as DIIs!
No texto a seguir, vamos abordar o que são essas doenças, seus sintomas, tratamentos e como conviver com elas.
O que são as DIIs?
As doenças inflamatórias intestinais são caracterizadas por um quadro de inflamação crônica no sistema gastrointestinal. Existem dois tipos de DIIs:
· Retocolite ulcerativa: envolve inflamação e feridas (úlceras) ao longo do revestimento do intestino grosso (cólon) e reto;
· Doença de Crohn: este tipo de DII é caracterizado pela inflamação do revestimento do sistema gastrointestinal, que envolve desde a boca até o ânus. A doença de Crohn afeta com mais frequência o intestino delgado.
As DIIs acometem, em geral, jovens entre 15 e 30 anos, embora também possa surgir em pessoas mais velhas e em crianças.
Quais são os sintomas das DIIs?
Os sintomas são semelhantes para as duas doenças, variando conforme a gravidade da inflamação e de onde ela ocorre. Eles podem se manifestar de maneira leve a grave e é comum que os pacientes tenham períodos de melhora (remissão) e piora da doença (nessa fase, diz-se que a DII está ativa).
Sinais e sintomas que são comuns à doença de Crohn e à retocolite ulcerativa incluem:
· Diarreia;
· Fadiga;
· Dor abdominal e cólicas;
· Sangue nas fezes;
· Redução do apetite
· Perda de peso sem motivo aparente.
Algumas pessoas também podem manifestar sintomas extraintestinais, como erupções na pele, inflamação nos olhos, problemas articulares, entre outros.
O que causa e quais os fatores de risco das DIIs?
A causa exata das doenças inflamatórias intestinais ainda é desconhecida. Durante muito tempo se pensou que a dieta e o estresse pudessem ter papel relevante no seu desenvolvimento, mas hoje já se sabe que esses fatores podem agravar tanto a doença de Crohn quanto a retocolite, mas não causá-las.
Um dos fatores que se acredita esteja relacionado a ambas as doenças é o comprometimento do sistema imunológico, que passa a agredir os tecidos saudáveis do trato digestivo. Além disso, a hereditariedade também parece desempenhar um papel importante no desenvolvimento das doenças.
Também existem alguns fatores de risco que podem levar ao seu aparecimento, como:
· Idade: a maioria das pessoas que desenvolve DII é diagnosticada antes dos 30 anos de idade;
· Raça ou etnia: embora as DIIs sejam mais comuns em pessoas brancas, pode ocorrer em qualquer raça;
· Tabagismo: o tabagismo é o fator de risco controlável mais importante para o desenvolvimento da doença de Crohn;
· Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides: podem aumentar o risco de desenvolver DII ou agravar a doença em pessoas que convivem com ela.
Como é feito o tratamento?
O tratamento das DIIs varia conforme a fase em que o diagnóstico é feito e a gravidade dos sinais/sintomas. Em casos leves, pode-se instituir o tratamento com medicações orais. Nas fases avançadas ou potencialmente graves ou que o tratamento oral não esteja alcançando os resultados esperados pode-se acrescentar imunobiológicos injetáveis ou cirurgia.
É possível manter a qualidade de vida tendo DII?
As DIIs não afetam a pessoa apenas fisicamente – ela também cobra um preço emocional. Receber o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado é o primeiro passo para garantir que a saúde do paciente seja preservada e que ele consiga manter sua rotina de atividades.
Para isso, é importante:
· Se manter informado sobre as doenças inflamatórias intestinais;
· Cuidar da alimentação, priorizando refeições saudáveis;
· Praticar atividades físicas regularmente;
· Participar de um grupo de suporte: além do apoio emocional, esses grupos são importantes para que os pacientes compartilhem suas experiências, o que pode contribuir para o entendimento de que ele não está sozinho;
· Procurar apoio especializado com um psicólogo: o papel desse profissional é auxiliar o paciente a conviver melhor com a doença;
· Buscar maneiras saudáveis de gerenciar o estresse, como meditação, tai chi, ouvir música;
· Priorizar uma boa noite de sono;
· Manter um diário alimentar para identificar os alimentos que desencadeiam surtos de DII;
· Reduzir o consumo de bebidas que contenham cafeína, bebidas gasosas e alcoólicas;
· Manter-se hidratado;
· Não fumar.
Quando procurar um médico
Quando as DIIs são diagnosticadas precocemente, o médico pode indicar o tratamento mais adequado para que o paciente tenha uma vida normal. Aqui no Centro de Infusões Saha, o paciente pode fazer o tratamento de infusão de imunobiológicos – quando receber a indicação dessa terapia.
Contamos com profissionais capacitados e experientes, além de uma infraestrutura completa – o Centro de Infusões do Hospital Saha possui um andar exclusivo para tratamentos infusionais -, segura e confortável, em um ambiente humanizado, para receber nossos pacientes durante sua jornada de tratamento.
Somos acreditados pela ONA (Organização Nacional de Acreditação), o que significa que nos destacamos como uma instituição preocupada com a segurança e a qualidade na assistência e no atendimento ao paciente.
Fontes:
Cleveland Clinic
Mayo Clinic
DII Brasil
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