A doença de Crohn é uma condição inflamatória crônica do trato gastrointestinal,
que afeta principalmente a parte inferior do intestino delgado (íleo) e intestino grosso (cólon).
Caracteriza-se pela sua natureza imprevisível, com períodos de remissão (quando não há sintomas) intercalados por surtos de atividade.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa, doenças inflamatórias intestinais (DIIs), afetam mais de cinco milhões de pessoas no mundo e sua prevalência vem aumentando no Brasil, afetando 100 pessoas a cada 100 mil habitantes.
Sintomas e diagnóstico
As manifestações clínicas podem ser inespecíficas e fazer parte de outras doenças, como doença celíaca, úlcera gástrica, síndrome do intestino irritável, câncer colorretal, entre outras.
De uma maneira geral, o quadro clínico inclui: diarreia; cólicas e dores abdominais, sangramento retal, urgência fecal, perda de peso, fadiga, entre outros.
O diagnóstico da doença é difícil por ela variar muito e depende de vários exames, como exames endoscópicos (com biópsias), laboratoriais e de imagem.
Efeito no bem-estar e nutrição
A doença de Crohn pode ter um impacto significativo no bem-estar geral e no estado nutricional do paciente.
Complicações como a má absorção de nutrientes podem levar a deficiências nutricionais, exigindo uma abordagem dietética cuidadosa e, por vezes, suplementação.
É muito importante que os pacientes trabalhem em conjunto com uma equipe multidisciplinar, incluindo nutricionistas, para adaptar sua dieta e minimizar os efeitos negativos da doença na qualidade de vida.
Tratamento médico e cirúrgico
O objetivo do tratamento da doença de Crohn é reduzir a inflamação que desencadeia os sintomas, visando a remissão e prevenindo a recorrência dos surtos.
A maioria dos pacientes é tratada com medicações que inibem a inflamação (mas nunca se deve usar anti-inflamatórios comuns, que podem piorar o quadro) e imunossupressores; em alguns casos, antibiótico.
Existem diversos tipos de medicamentos que o médico pode prescrever, lembrando que o tratamento é individualizado, variando conforme os sintomas apresentados e o grau da doença. Há casos em que a cirurgia pode ser indicada.
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